Antevisão (SINCERA) da nova época de Fórmula 1
Tudo o que vocês precisam de saber para o arranque da nova temporada já hoje à noite de uma forma sincera, sem filtro e sem o empecilho do politicamente correto!
Comecemos pelo fundo da tabela. A Williams, agora chamada de Rokit Williams F1 Team (lê-se “rocket”, que significa foguetão) parece que está num bom caminho para se despenhar. Já não bastava o seu carro ter chegado tarde e sido bastante lento nos testes, como agora se veio a saber que os espelhos e uma peça da suspensão dianteira eram ilegais. As cabeças começaram a rolar e o primeiro a ser “despedido” foi o diretor técnico Paddy Lowe, com a Claire Williams a atirar as culpas para toda a gente e para ninguém ao mesmo tempo. Para ajudar à festa, a dupla de pilotos é composta pelo novato George Russel e pelo Robert Kubica, que continua com nítidas incapacidades físicas para conduzir um carro que já de si não é fácil de conduzir. Prevê-se que a Williams vá ser uma chicane com rodas.
Em penúltimo lugar na época passada ficou a Toro Rosso, que com os motores Honda (ainda!) em fase experimental serviu de banco de testes para a Red Bull este ano poder usufruir de um bom motor Honda. A Toro Rosso é a grande incógnita este ano pois tudo vai depender do motor Honda e se os desenhos arrojados dos italianos vão ser bons ou não para lutar com o resto do pelotão. Mas se a Williams tem um foguetão, a Toro Rosso tem o regresso do “Torpedo” Daniil Kvyat. Depois de ter sido despedido duas vezes e ter ido trabalhar para o simulador da Ferrari, volta agora à Toro Rosso porque não havia mais ninguém para o lugar. Ao lado dele vai estar aquela que é uma das grandes promessas para este ano – Alexander Albon. Um moço com muito talento que inexplicavelmente tinha sido despachado do programa Red Bull. Uma equipa de pilotos que haviam sido despedidos!
Quem se prevê que vai andar a lutar com a Toro Rosso é a McLaren, que com a política do seu líder americano Zak Brown, que prometeu fazer da McLaren grandiosa outra vez, está a ter o mesmo sucesso do seu conterrâneo Donald Trump. Não fosse no ano passado o Fernando Alonso sacar alguns coelhos da cartola, a McLaren tinha andado pelo fundo da tabela. Este ano com o Carlos Sainz e o novato Lando Norris ninguém sabe muito bem no que vai dar, mas tudo aponta a que andem a lutar pelos pontos, com sorte.
Outra incógnita é a Force India Racing Point Sport Peso Racing .
Explicação do nome: depois de o dono da equipa, Vijay Mallya, ter ido preso por causa de fraudes com a sua companhia aérea Kingfisher, a equipa entrou em execução, foi comprada pelo magnata Lawrence S. Stroll e teve que mudar de nome. Racing Point foi o nome escolhido até arranjarem um patrocinador principal e aí poder passar a chamar-se o nome do patrocinador + racing + um ponto final.
Claro que se o papá compra uma equipa, vai pôr o filhote lá a correr. E assim foi, com Lance Stroll a juntar-se a Sergio Perez numa equipa que apareceu nos testes com uma evolução do carro do ano passado. Falta saber é se o Sergio Perez vai ter coragem de se espetar contra o filho do patrão como fazia no ano passado com o Sebastian Ocon, que parece já ter lugar assegurado na Mercedes em 2020. Sendo esta equipa conhecida por fazer muito com pouco, acredita-se que um bom carro possa estar no horizonte.
Quem se prevê que tenha dado um grande salto é a Sauber Alfa Romeo que se tornou uma espécie de equipa B da Ferrari. Com um design arrojado na nova asa da frente, e um motor que se pensa ser o mais potente do plantel, a Alfa Romeo pode vir a surpreender este ano. Ao volante vão estar o Kimi Raikkonen e Antonio Giovinazzi, que até aqui era uma espécie de tapa-furos da Fórmula 1.
Também com motor Ferrari temos a Rich Energy Haas F1 Team, que leva no seu nome a mais recente bebida energética, tão recente que ainda ninguém viu em lado nenhum. Mantém a dupla de pilotos do ano passado, Romain “bate sozinho e culpa os outros” Grosjean e Kevin “suck my balls”
Magnussen. Com sorte a Haas vai andar a lutar com a Alfa Romeo e Renault, com azar vai andar a lutar com McLaren, Force India e Toro Rosso.
Pronta a cimentar a sua quarta posição está a Renault que para este ano contratou o sempre sorridente e o mais acarinhado piloto de F1 dos últimos anos, Daniel Ricciardo. Ao seu lado estará Nico Hulkenberg, pronto para estender o seu recorde de piloto com mais corridas na Fórmula sem um único pódio – 158! A Renault conta este ano com um motor novo, que pelos vistos tem mais 50 cavalos que o anterior. Será que isso chega para chegar perto das 3 equipas da frente? Há muitas dúvidas…
Chegamos agora aos 3 da frente. Há quem diga que a Red Bull está a par da Mercedes e a Ferrari está na frente, há quem diga que estão as três separadas e há quem diga que estão as 3 ao mesmo nível! Ninguém sabe! O futuro da Red Bull vai depender do motor Honda, e da capacidade do Max Verstapen de não se esbardalhar todo em alguém. Ao seu lado vai estar Pierre Gasly que acabou de ser promovido à equipa principal.
Em equipa que ganha não se mexe. A Mercedes continua com o talentoso piloto/rapper/designer de moda Lewis Hamilton e o seu ajudante Valteri Bottas. Não se sabe muito bem se a Mercedes vais estar bem ao nível da Ferrari, mas é certo que graças a um piloto como o Hamilton, a Mercedes pode mesmo vir a bater-se com a Ferrari na maior parte das corridas.
E finalmente chegamos à Ferrari. Quem nos conhece sabe que temos um fraquinho pela marca italiana, e olhando aos testes de pré-temporada e para o carro deste ano, há fortes hipóteses que este seja o ano em que a Mercedes é destronada. Com a saída de Maurizio Arrivabene e a promoção de Mattia Binotto, que já está na Ferrari desde 1995, as coisas parecem bem encaminhadas. Quem também foi promovido foi Charles Leclerc, a grande revelação em 2018 e que este ano pode vir a fazer frente a Sebastian Vettel, que já está há 4 anos na Ferrari sem ganhar nada. Será que é este o ano? Schumacher também esteve 4 anos sem ganhar na Ferrari e depois foi campeão do mundo 5 vezes seguidas.
Ou seja, é tudo uma grande incógnita e a única coisa que se sabe é que as equipas vão andar todas muito mais juntas. Portanto, quem ganha é o espetáculo!
Antes de terminar convém dizer que os carros este ano estão mais rápidos graças às asas traseiras e dianteiras maiores, ainda que estas últimas tenham sido simplificadas para melhorar as ultrapassagens. Também para melhorar as ultrapassagens foi aumentada a abertura do DRS, que nas retas torna os carros muito mais rápidos caso estejam a menos de 1 segundo do carro da frente. Para este ano há também capacetes novos e luvas com sensores biométricos. A nível de regras, agora há um ponto extra para quem fizer a volta mais rápida, desde que termine nos 10 primeiros.
Cá em Portugal também houve alteração nas transmissões televisivas que deixaram a Sport TV e passaram para a Eleven Sports, reduzindo assim o custo para 10€ mensais. Quem não se importar de ter os comentários em inglês, pode sempre poupar uns trocos e aderir à F1 TV por 6€ mensais ou 50€ anuais.
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